quinta-feira, 9 de outubro de 2008















O grito – Edvard Munch


O meu grito


Perguntei ao vento onde estava a fúria

capaz de derrubar muros e muralhas.

A sua voz foi de silêncio

com cheiro a pinheiros molhados, resina e caravelas fantasmas

vogando o mar frio atlântico.


Se ao menos o vento levasse como sementes maduras

o meu grito

e derramasse as minhas palavras naquela terra de esperança

onde se estende a mão e se recebe o fruto...


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