quinta-feira, 29 de maio de 2008

























Da capa do álbum homónimo dos Alice in Chains


O cão de Pavlov em mim

Fico à espera de um sinal teu,
um simples toque de campainha.
É ao cair da noite que o dia apresenta
o exaltado anseio quando as palavras
tilintam docemente nos meus ouvidos.
Aí reaprendo os versos esquecidos na bruma,
aí ensinas-me os primeiros passos trémulos
que me levam para lá dos calafrios do instinto.

Sou-te fiel – fico à espera de um sinal teu.
Fico à espera do alimento surpresa e volátil:
Se dizes brisa eu voo; se dizes mar, navego.
Se dizes terra eu germino; se dizes lume, incendeio-me…

Dizes poesia e eu salivo.