
Le Jeune Funambule - Jessica Rice
Funâmbulo
Esticando a corda
entre as torres mais altas das cidades de néon
avanço pé ante pé desafiando o babujar da vertigem.
Os olhos ávidos dos que estão por baixo não me inquietam.
Mas ouço a voz dos mortos que me falam pelo murmúrio do vento,
os tais antepassados que me ensinaram a caminhar
na linha ténue do horizonte do sangue apelativo
sussurram que a nossa vida é um risco de carvão contra o céu.
E mais: que os suores frios são comuns àqueles
que comprometem a vida sobre a corda estendida
e julgam que qualquer caminho é uma linha recta
de um ponto a outro do nosso periclitante corpo.
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4 comentários:
Já estou disponível para o título....deixo-te escolher tu... (que novidade) ACABARAM OS EXAMES... posso poetizar...bj...bons anúncios musicais no livro dos anúncios...e bons textos...
Centopeia
Belssima poesia, belíssima escolha de imagens! Obrigada por ter aparecido no Armazém
Benjamina:
Isto já começa a ser uma família.
Um dia vamos todos marcar um jantar... virtual.
Centopeia
lindo;)
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