sábado, 12 de julho de 2008

























Sem título - Mário Botas

Sem título


Gosto dos quadros intitulados sem título.

As linhas podem ser desejos de infinito, ou amarras,

vistas de longe ou de perto, conforme o sítio

onde se planta o espectador no museu de arte moderna.

Uma grande mancha de azul pode ser o céu,

o céu pode ser o mar, o mar pode ser uma grande mancha de azul.

Um traço negro pode ser um barco, um barco

posso ser eu e deixar-me arrastar pelos tons de azul marinheiro.


Não sei se gosto de poemas sem título...


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